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terça-feira, 11 de novembro de 2008

LAGO POLUÍDO EM PLENO CENTRO DE FLORIANÓPOLIS


Os mosquitos que incomodam diariamente alunos e professores da escola básica localizada nos fundos do Hospital Universitário (HU), no Bairro Trindade, em Florianópolis, são um alerta para a poluição do lago artificial localizado a poucos metros do local.

O engenheiro ambiental Guilherme Toscan, que realizou pesquisa no local entre julho e dezembro de 2007, diz que o lago está perto de se extinguir.

A análise do material coletado foi feita pelo Laboratório de Engenharia Sanitária-Ambiental da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O lago foi construído a partir de um antigo córrego que passava por ali.

O relatório do trabalho foi encaminhado à direção do HU e, na última sexta-feira, ao Ministério Público. O objetivo de Toscan é chamar a atenção para os altos índices de poluição da água. Um dos dados mais alarmantes é a quantidade de coliformes fecais. O número chega a ser quatro vezes maior do que o permitido pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

Insetos dentro da sala de aula atrapalham alunos

Outro resultado que preocupou o engenheiro é a quantidade de fósforo e nitrogênio verificada no lago. Tais elementos químicos alimentam o desenvolvimento de bactérias que, por sua vez, são uma ameaça aos seres vivos que ali habitam, como jacarés, cágados e carpas.

E são justamente os "moradores" do lago que despertam a curiosidade de quem passa pelos arredores do HU. Observar o movimento dos jacarés também é um dos passeios prediletos dos alunos da Escola de Ensino Básico, prédio vizinho. Dentro das salas de aula há mosquitos.

- De manhã cedo a gente chega à sala de aula e já tem mosquito - conta a professora Adriana Guerra.

Para resolver a situação, a direção da escola já planeja revestir as janelas com telas.

Segundo o assistente de direção do HU, Célio José Coelho, a poluição do lago artificial é um problema antigo. Ele afirma, ainda, que a situação melhorou desde que o esgoto dos prédios da região deixou de ser depositado ali. A esperança de uma solução definitiva para o problema é projeto de revitalização da área que está sendo negociado pela Pró-reitoria de Infra-Estrutura da UFSC.
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FONTE : DIÁRIO CATARINENSE, 10/11/2008

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