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BOLETIM DO DIA 31/03/2019 Queridos leitores do Blog "O
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O crescente número de mortos provocado pelo ciclone Idai é “outro sinal alarmante dos perigos da mudança climática”, disse na terça-feira (26) o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, alertando que países vulneráveis como Moçambique serão atingidos com mais força se ações urgentes não forem tomadas pela comunidade internacional.
“Tais eventos estão se tornando mais frequentes, mais severos e mais amplos, e isto só irá piorar se não agirmos agora”, disse o chefe da ONU. “Perante tempestades fortes, precisamos acelerar a ação climática”, acrescentou a correspondentes na sede da ONU em Nova Iorque.
ONU
O secretário-geral convocou uma Cúpula sobre Ação Climática para setembro, para tentar mobilizar países em torno da necessidade urgente de reduzir aquecimento global para abaixo de 2°C acima de níveis pré-industriais, em linha com o Acordo de Paris, de 2015.
O crescente número de mortos provocado pelo ciclone Idai é “outro sinal alarmante dos perigos da mudança climática”, disse na terça-feira (26) o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, alertando que países vulneráveis como Moçambique serão atingidos com mais força se ações urgentes não forem tomadas pela comunidade internacional.
“Tais eventos estão se tornando mais frequentes, mais severos e mais amplos, e isto só irá piorar se não agirmos agora”, disse o chefe da ONU. “Perante tempestades fortes, precisamos acelerar a ação climática”, acrescentou a correspondentes na sede da ONU em Nova Iorque.
O secretário-geral convocou uma Cúpula sobre Ação Climática para setembro, para tentar mobilizar países em torno da necessidade urgente de reduzir aquecimento global para abaixo de 2°C acima de níveis pré-industriais, em linha com o Acordo de Paris, de 2015.
O número de mortos em Moçambique, Malauí e Zimbábue já soma cerca de 700, mas ainda pode aumentar, à medida que centenas de pessoas ainda estão desaparecidas. De acordo com estimativas, 3 milhões de pessoas foram afetadas, quase dois terços delas em Moçambique, onde a cidade portuária de Beira foi “praticamente arrasada”, enquanto terras agrícolas do interior foram inundadas, disse Guterres.
Ao menos 1 milhão de crianças precisam de “assistência urgente” e há temores de que vilarejos inteiros tenham sido destruídos em lugares que ainda estão inacessíveis, acrescentou o chefe da ONU. Segundo relatos, em torno de 1 bilhão de dólares em infraestrutura foi destruído. Guterres afirmou que cidadãos dos três países africanos precisam de “apoio forte e contínuo”.
Na segunda-feira (25), a ONU realizou um pedido emergencial revisado de 281,7 milhões de dólares para Moçambique, classificando o desastre como uma “emergência de escala crescente”, que é a mais severa.
“Peço para a comunidade internacional financiar este apelo de forma rápida e completa para que agências de ajuda possam aumentar urgentemente suas respostas”, disse Guterres.
ONU e parceiros intensificam respostas
As condições para sobreviventes do ciclone Idai permanecem difíceis, com enorme devastação e um “risco extremamente alto de doenças diarreicas, como cólera”, afirmou na terça-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS), em briefing a jornalistas em Genebra.
A representante da OMS em Moçambique, Djamila Cabral, disse que mais de 100 mil pessoas na cidade de Beira perderam suas casas e todos os seus pertences.
Além disso, “famílias, mulheres grávidas e bebês estão vivendo em acampamentos temporários em condições horríveis… sem suprimentos seguros de alimentos ou água potável segura e saneamento”.
Ao menos 1,8 milhão de pessoas precisam de assistência humanitária apenas em Moçambique. Casos de diarreia aguda similar à cólera já foram relatados entre as vítimas.
Para prevenir um surto, a OMS irá enviar 900 mil doses de vacina oral contra a cólera para o país. O suprimento deve chegar ainda nesta semana. A organização também irá enviar suprimentos para tratar doenças diarreicas, incluindo fluidos intravenosos e testes diagnósticos. Junto a isso, três centros para tratamento da cólera, incluindo uma instalação com 80 camas em Beira, estão sendo montados.
Para conter um aumento da malária nas próximas semanas, a OMS também prepara o fornecimento de 900 mil mosquiteiros com inseticidas para proteger famílias.
Testes rápidos de diagnóstico e remédios antimalária serão enviados para áreas de alto risco, mas esta e outras necessidades de saúde irão exigir “ao menos” 38 milhões de dólares ao longo dos próximos três meses, disse Cabral.
Coordenando necessidades alimentares para vítimas do ciclone, o Programa Mundial de Alimentos (PMA) está mirando 1,7 milhões de pessoas em Moçambique com assistência alimentar, 732 mil no Malauí e 270 mil no Zimbábue.
A assistência também inclui logística e apoio emergencial de telecomunicações. Imagens de satélites mostram diversas plantações alagadas, incluindo um “oceano em terra” do tamanho de Luxemburgo, afirmou o PMA em comunicado. Nas províncias moçambicanas de Sofala e Manica, comunidades isoladas ainda estão inacessíveis e aguardam equipes de busca e resgate.
Zimbábue e Malauí também precisam de fundos de emergência
No Zimbábue, 95% das redes rodoviárias em distritos afetados foram danificadas, enquanto no Malauí o ciclone teve impacto limitado, disse o porta-voz do PMA, Hervé Verhoosel.
“Este apoio irá exigir 140 milhões de dólares para intervenções vitais em Moçambique para os próximos três meses; 15,4 milhões de dólares para os próximos dois meses no Malauí e 17 milhões de dólares para os próximos três meses no Zimbábue”, acrescentou.
Em apelo separado, cobrindo outras necessidades, como abrigos, água potável e saneamento, o Escritório das Nações Unidas para Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) e parceiros humanitários pediram 282 milhões de dólares para apoiar vítimas em Moçambique.
De acordo com o OCHA, quase meio milhão de hectares de plantações foi alagado, além de grandes danos a casas e infraestruturas.
Uma perda severa de gado também é esperada, levando ao agravamento de insegurança alimentar na região central do país, que já sofria com pobreza e problemas de desenvolvimento antes da chegada do ciclone.
Da ONU Brasil, in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 29/03/2019
O Imazon publicou os dados do Boletim do Desmatamento (SAD) referentes ao mês de fevereiro de 2019. No total, foram detectados 93 km² de desmatamento na Amazônia Legal. Esse número é 57% inferior ao desmatamento detectado em fevereiro de 2019, quando o desmatamento somou 214 km². Mas o dado não deixa de ser preocupante porque, considerando os 7 primeiros meses do calendário do desmatamento 2019 (agosto/2018 a fevereiro/2019), há um aumento de 46% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os estados que mais desmataram nesse período foram o Pará (39%), Mato Grosso (22%) e Amazonas (15%)
As áreas privadas e sob diversos estágios de posse (69%) e os assentamentos (24%) foram as categorias fundiárias que mais desmataram no mês. Considerando os 7 primeiros meses do calendário do desmatamento 2019, há um aumento de 46% em relação ao mesmo período do ano anterior. Ainda de acordo com o boletim do Imazon, em fevereiro de 2019, a maioria (69%) do desmatamento ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse. O restante do desmatamento foi registrado em assentamentos (24%), Unidades de Conservação (4%) e Terras Indígenas (3%).
Até um bilhão de pessoas poderiam ser expostas a mosquitos portadores de doenças até o final do século devido ao aquecimento global, diz um novo estudo que examina mensalmente as mudanças de temperatura em todo o mundo.
Georgetown University Medical Center*
Os cientistas dizem que a notícia é ruim mesmo em áreas com um pequeno risco de ter um clima adequado para mosquitos, porque os vírus que carregam são notórios por surtos explosivos quando aparecem no lugar certo, sob as condições certas.
“A mudança climática é a maior e mais abrangente ameaça à segurança sanitária global”, diz o biólogo de mudança global Colin J. Carlson, PhD, um pós-doutorado no departamento de biologia da Universidade de Georgetown e co-autor do novo estudo. “Mosquitos são apenas parte do desafio, mas depois do surto de zika no Brasil em 2015, estamos especialmente preocupados com o que vem a seguir.”
Publicado na revista de acesso aberto PLOS Neglected Tropical Diseases (“Global expansion and redistribution of Aedes-borne virus transmission risk with climate change”), a equipe de pesquisa, liderada por Sadie J. Ryan da Universidade da Flórida e Carlson, estudou o que aconteceria se os dois mosquitos transmissores de doenças mais comuns – Aedes aegypti e Aedes albopictus – seguirem e se moverem à medida que a temperatura muda ao longo de décadas.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, os mosquitos são um dos animais mais letais do mundo, portadores de doenças que causam milhões de mortes todos os anos. Tanto o Aedes aegypti quanto o Aedes albopictus podem conter os vírus da dengue, chikunguyna e zika, bem como pelo menos uma dúzia de outras doenças emergentes que, segundo os pesquisadores, podem ser uma ameaça nos próximos 50 anos.
Com o aquecimento global, dizem os cientistas, quase toda a população mundial pode ser exposta em algum momento nos próximos 50 anos. À medida que a temperatura aumenta, eles esperam transmissões durante todo o ano nos trópicos e riscos sazonais em quase toda parte. Uma maior intensidade de infecções também é prevista.
“Essas doenças, que consideramos estritamente tropicais, já apareceram em áreas com climas adequados, como a Flórida, porque os seres humanos são muito bons em mover os insetos e seus patógenos em todo o mundo”, explica Ryan, professor associado de geografia médica na Flórida.
“O risco de transmissão de doenças é um problema sério, mesmo nas próximas décadas”, diz Carlson. “Lugares como a Europa, a América do Norte e altas elevações nos trópicos que costumavam ser muito frias para os vírus enfrentarão novas doenças, como a dengue.”
Mudanças climáticas mais severas produziriam proporcionalmente piores exposições populacionais para o mosquito Aedes aegypti . Mas em áreas com o pior aumento do clima, incluindo o oeste da África e sudeste da Ásia, são esperadas reduções sérias das condições para o mosquito Aedes albopictus , mais notadamente no sudeste da Ásia e no oeste da África. Este mosquito transporta dengue, chikunguyna e zika.
“Entender as mudanças geográficas dos riscos realmente coloca isso em perspectiva”, diz Ryan. “Embora possamos ver mudanças nos números e achar que temos a resposta, imagine um mundo quente demais para esses mosquitos.”
“Isso pode soar como uma boa notícia, cenário de más notícias, mas é tudo uma má notícia se acabarmos no pior cronograma para a mudança climática”, diz Carlson. “Qualquer cenário em que uma região se torne quente demais para transmitir a dengue é aquele em que também temos ameaças diferentes, mas igualmente severas, em outros setores da saúde.”
A equipe de pesquisadores analisou as temperaturas mês a mês para projetar o risco até 2050 e 2080. A modelagem não previa qual tipo de mosquito migraria, mas sim um clima em que sua disseminação não seria evitada.
“Com base no que sabemos sobre o movimento do mosquito de região para região, 50 anos é um tempo considerável, e esperamos uma disseminação significativa de ambos os tipos de insetos, particularmente o Aedes aegypti , que prosperam em ambientes urbanos”, explica Carlson.
“Este é apenas um estudo para começar a entender os desafios que enfrentamos rapidamente com o aquecimento global”, diz Carlson. “Temos uma tarefa hercúlea à frente. Precisamos descobrir o patógeno por patógeno, região por região, quando os problemas surgirão para que possamos planejar uma resposta global à saúde ”.
Referência:
Global expansion and redistribution of Aedes-borne virus transmission risk with climate change
Sadie J. Ryan , Colin J. Carlson , Erin A. Mordecai, Leah R. Johnson
Published: March 28, 2019
DOI https://doi.org/10.1371/journal.pntd.0007213
* Tradução e edição de Henrique Cortez, EcoDebate.
“Compreendemos desenvolvimento sustentável como sendo
socialmente justo, economicamente inclusivo e ambientalmente responsável. Se
não for assim não é sustentável. Aliás, também não é desenvolvimento. É apenas
um processo exploratório, irresponsável e ganancioso, que atende a uma minoria
poderosa, rica e politicamente influente.” [Cortez, Henrique, 2005]
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