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sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Manchetes Socioambientais - 28/12/2012‏



Falha humana provocou apagões, diz Dilma 
A presidente Dilma Rousseff disse ontem durante café da manhã com jornalistas que os recentes apagões não podem ser atribuídos a raios ou a falta de investimento, mas sim a "falha humana". "O dia em que falarem para vocês que é raio, gargalhem. Cai raio todo dia nesse país. Raio não pode desligar o sistema, se desligou é falha humana", disse, admitindo que, apesar dos investimentos em geração e transmissão, houve redução nos gastos com manutenção - FSP, 28/12, Poder, p.A5; OESP, 28/12, Economia, p.B1. 

Belo Monte deve ter 28 mil trabalhadores em 2013 
A maior obra de infraestrutura do país se prepara para entrar em sua fase de pico. Depois de 540 dias de trabalho no rio Xingu, em Altamira (PA), a usina de Belo Monte encerra o ano com 20% de seu projeto concluído, 148 dias de paralisações e uma verdadeira operação de guerra instalada na Amazônia, com 18 mil funcionários. Até meados de agosto de 2013, esse batalhão atingirá 28 mil profissionais, quando chegar ao auge das operações - Valor Econômico, 27/12, Empresas, p.B6. 

Vazamento joga 300 litros de diesel no mar 
Um vazamento durante operação de abastecimento da plataforma Cidade de Anchieta, da Petrobras, jogou no mar 300 litros de óleo diesel na bacia de Campos. O derramamento foi contido. A Cidade de Anchieta opera no pré-sal do campo de Baleia Azul, na porção capixaba da bacia. Segundo o Conama, só acidentes que envolvam volumes acima de 8 mil litros de óleo são passíveis de multa. A plataforma está a 85 km da costa - FSP, 28/12, Mercado, p.A15. 

Caixa vai financiar aquisições para Angra 3 
A Secretaria do Tesouro Nacional não permitiu que a Eletrobras levasse adiante um acordo com o banco francês Société Générale para financiar a compra de equipamentos e serviços internacionais para a construção da usina nuclear Angra 3, no Rio. No lugar do banco europeu foi realizado um empréstimo de R$ 3,8 bilhões com a Caixa Econômica Federal, que apresentou melhores condições financeiras, segundo a Eletrobras - FSP, 28/12, Mercado, p.A15. 


 BIODIVERSIDADE 

Biodiversidade ajuda a evitar pobreza, diz estudo 
Um novo estudo, com base na análise de dados do Banco Mundial relativos a 139 nações, diz que certas doenças infecciosas e parasíticas exercem influência significativa no desenvolvimento econômico e respondem por discrepâncias na renda per capita entre as populações de países tropicais e temperados. Os pesquisadores, em artigo na revista Public Library of Science (PLoS) Biology, também sugerem que ecossistemas saudáveis, com grande diversidade de plantas e animais, podem diminuir a transmissão dessas doenças - OESP, 28/12, Vida, p.A14. 

Jaó-do-sul é observado 
Pesquisadores que identificam aves remanescentes da Mata Atlântica fizeram recentemente um dos mais consistentes registros já realizados no País do pássaro jaó-do-sul, numa reserva particular próxima a Linhares, no Espírito Santo. A espécie, ameaçada de extinção, foi flagrada na mata fechada pelo projeto Distribuição de Aves no Corredor Central da Mata Atlântica. No vídeo que está disponível na internet é possível observar o ruído emitido pela ave para atrair fêmeas e constituir um novo ninho. O fotógrafo Gustavo Magnago diz que foi preciso abrir caminho por mais de 1 km para chegar perto do animal, que vive no chão de florestas densas de baixada - OESP, 27/12, Vida, p.A9. 


 CLIMA 

Carioca enfrenta o seu dia mais quente desde 1915 
A cidade do Rio de Janeiro teve quarta-feira a sua maior temperatura já registrada. Os termômetros do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) em Santa Cruz, na zona oeste, registraram 43,2°C - o maior valor desde 1915, data de início das medições. A sensação térmica foi a 47°C. Já os paulistanos encararam a madrugada de dezembro mais quente dos últimos sete anos, com mínima de 23,9ºC, segundo o Inmet. Em dezembro, a média das temperaturas na cidade de São Paulo está quase 3,5°C acima do normal para o mês - FSP, 27/12, Cotidiano, p.B8. 

Mais calor 
"A negociação internacional sobre prevenção do aquecimento global se avizinha perigosamente de um círculo vicioso de irresolução, como se viu de novo na última reunião realizada, em Doha (Qatar). O mundo está mais distante de manter o aquecimento da atmosfera terrestre aquém do limite de 2°C. Acima disso, eventos climáticos extremos, como secas e ondas de calor, podem tornar-se frequentes. Um processo com menos participantes à mesa -EUA, União Europeia, Japão e Brics, por exemplo- teria mais chances de dar conta do desafio. A economia mundial é um transatlântico movido a combustíveis fósseis e não será com democratismo multilateral que se conseguirá freá-lo sem danificar seus motores", editorial - FSP, 28/12, Editoriais, p.A2. 


 GERAL 

AGU diz agora que Ilha de Cabras é problema paulista 
A Advocacia-Geral da União recuou de uma decisão anterior e agora afirma que o governo federal não é parte interessada num processo em que o ex-senador Gilberto Miranda, alvo da Operação Porto Seguro, é acusado de derrubar irregularmente a vegetação da Ilha de Cabras, em Ilhabela, litoral norte de São Paulo. A desistência da AGU de participar do processo em questão deve levar o Supremo Tribunal Federal a decidir que a competência sobre a ilha continua sendo da Justiça paulista, instância que já condenou o ex-senador por promover ilegalidades ambientais na ilha. Miranda articulou, segundo investigações da Polícia Federal, a entrada da União na ação para levar o processo ao STF, o que anularia a decisão da Justiça paulista - OESP, 28/12, Nacional, p.A5. 

Felizes novos ares 
"Já se passaram 12 anos neste milênio e seguimos envolvidos com os problemas do século 20 e, o que é pior, tentamos resolvê-los com instrumental teórico do século 19. Agora o tempo é mais curto, somos 7 bilhões de pessoas num planeta convulsionado por mudanças no clima e com recursos comprometidos. Em 2012, o Brasil perdeu chances de realinhar-se com sua condição de potência socioambiental. Retrocedeu ao desmontar a legislação ambiental que proporcionava a diminuição do desmatamento. Insistiu numa forma centralizada de produção e distribuição de energia e não abriu espaço para novas matrizes renováveis. Ainda é tempo. Mas, como dizia meu pai quando me atrasava na estrada de seringa, avia, menina!", artigo de Marina Silva - FSP, 28/12, Opinião, 

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