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terça-feira, 30 de junho de 2015

Animais são infectados com doenças em testes militares

30 de junho de 2015 

Por Augusta Scheer (da Redação da ANDA)
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O grupo de defensores dos animais Cruelty Free International chamou atenção essa semana para uma série de experimentos militares envolvendo animais. Os testes estão acontecendo no Reino Unido e são financiados pelo governo britânico. As informações são do site Express UK.
Só no último ano, pesquisadores do Ministério de Defesa (MoD) do governo britânico usaram 4.124 animais para testes em laboratórios, dentre macacos, porcos, coelhos, porquinhos-da-índia e outros roedores.
Todos os animais morreram durante o tortuoso processo, que pode durar meses. Alguns foram assassinados ao final dos testes, o que provocou a fúria de defensores dos animais.
Os animais são violentados no laboratório Porton Down, que pertence ao governo e fica em Salisbury. As pesquisas são feitas para aprimorar tratamentos médicos de finalidade militar.
No passado, pesquisas conduzidas pelo laboratório incluíram a exposição de porcos, micos e porquinhos-da-índia a agentes letais como fosgênio, gás mostarda e a bactéria Antrax.
O grupo Cruelty Free International afirma que os detalhes desses experimentos militares não estão sendo incluídos nas estatísticas oficiais de testes em animais, publicadas anualmente pelo Ministério do Interior, o que significa que as pessoas não têm ideia do dano causado a esses seres vivos.
Dados mostram que 3.411 camundongos, 223 ratos, 323 porquinhos-da-índia, 100 porcos e 67 primatas foram usados para testes ao longo de um ano, o que equivale a 11 animais torturados e mortos por dia.
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Dentre as práticas repugnantes, destaca-se o uso de ratos para estudar os efeitos da peste pulmonar, a exposição de macacos mico à febre hemorrágica para observar o desenrolar da doença, bem como a infecção do vírus Ebola conduzida em ratos geneticamente modificados. Os experimentos também envolveram coelhos, que foram mutilados para simular lesões que ocorrem em campos de batalha.
Os animais sobreviventes foram mortos no final da pesquisa, para que seus tecidos pudessem ser dissecados para análise.
A organização Cruelty Free International afirma que estudos similares já foram conduzidos e questiona a necessidade dos experimentos realizados pelo Ministério de Defesa.
Mesmo apoiando medidas que visem a melhorar a segurança de civis e militares, o grupo demanda alternativas humanitárias para prevenir a crueldade contra animais.
O Ministério afirma estar trabalhando para reduzir o número de animais usados em testes. Segundo um porta-voz: “Pesquisas realizadas pelo Laboratório de Ciência e Tecnologia Defensiva salvaram vidas de tropas britânicas e também beneficiam civis”.
O site express.co.uk revelou esse ano que mais de 12 mil coelhos foram usados em testes na Grã-Bretanha, só no ano de 2013, por numerosas organizações médicas, farmacêuticas e militares. Num total de 15 mil testes, o crescimento foi de 13% em relação ao ano anterior.

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