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quarta-feira, 28 de janeiro de 2015



Resumo diário de notícias selecionadas
dos principais jornais, revistas, sites especializados e blogs,
além de informações e análises direto do ISA
 
 
HOJE:
Água, Biodiversidade, Energia, Mudanças Climáticas
Ano 14
28/01/2015

 

Água

 
  O diretor metropolitano da Sabesp, Paulo Massato, admitiu ontem que pode adotar um rodízio "muito drástico" na região metropolitana de São Paulo e a população pode ficar dois dias com água e cinco dias sem, caso as chuvas nos mananciais sigam abaixo da média e as obras previstas não avancem em tempo. O objetivo seria evitar o colapso do Sistema Cantareira, que pode acontecer em setembro, segundo simulação feita pelo Estado. Ontem, o manancial estava com 5,1% OESP, 28/1, Metróple, p.A13; FSP, 28/1, Cotidiano, p.C1; O Globo, 28/1, Rio, p.11.
  Diferentes moradores de todas as regiões da capital e dos municípios da região metropolitana da Grande SP têm ficado em média, todos os dias, ao menos 14 horas e 20 minutos com menos água nas torneiras. Apenas na capital do Estado, esse intervalo é ainda maior: 15 horas e 13 minutos. Todos são "vítimas" da operação que reduz a pressão nas tubulações, principal aposta do governo para economizar água neste momento. Esses dados foram obtidos através de nova ferramenta no site da Sabesp que permite a consulta sobre os horários em que a redução de pressão é feita bairro a bairro FSP, 28/1, Cotidiano, p.C4.
  Se não chover o suficiente para encher parte dos reservatórios, os 2,95 trilhões de litros acumulados de volume morto das quatro represas que abastecem a região metropolitana do Rio de Janeiro só duram até outubro, avaliam técnicos do setor hídrico. Marcos Freitas, ex-diretor da ANA, avalia que o racionamento deveria ser adotado "o quanto antes" no Estado do Rio. Freitas também defendeu mais investimentos na despoluição dos rios e redução das perdas no sistema de abastecimento, que chegam a quase 40%. "Deveríamos aproveitar a crise para começar a resolver questões como o saneamento dos rios e o reflorestamento da bacia, que está devastada", disse Vera Lúcia Teixeira, do Comitê da Bacia do Rio Paraíba do Sul OESP, 28/1, Metrópole, p.A13.
  Os governos de Rio e São Paulo pretendem investir R$ 10,5 bilhões nos próximos cinco anos para tirar do papel obras já planejadas, na tentativa de garantir o abastecimento de água nas duas maiores regiões metropolitanas do país. Os projetos preveem a construção de novos sistemas produtores, programas para reduzir o desperdício e mudanças nas redes de distribuição. Projetos como usinas de dessalinização e de tratamento de esgoto, defendidos por especialistas para áreas com pouca oferta de água doce, não estão sendo levados em consideração pelos estados por enquanto O Globo, 28/1, Rio, p.11.
  O desrespeito ao mínimo de vazão tecnicamente estudado para as Bacias do Piracicaba, Capivari e Jundiaí contribuiu para antecipar a crise hídrica nos municípios abastecidos pelas bacias doadoras do Sistema Cantareira, segundo o Ministério Público Federal. O atual estágio do sistema, praticamente esgotado, decorre da falta de cumprimento das regras de operação estabelecidas em 2004, afirmam as procuradoras Denise Abade e Sandra Kishi. "Não se trata, portanto, somente de uma questão climática", dizem em documento encaminhado na sexta-feira, 23, ao Tribunal Federal de Recursos de São Paulo OESP, 28/1, Metrópole, p.A13.
  Embora o governo Geraldo Alckmin insista em dizer que não há nada definido, a Sabesp avalia que o rodízio mencionado em entrevista pelo diretor metropolitano da empresa, Paulo Massato, terá de ser adotado nos próximos dois meses. Como a ordem dada pelo governador à estatal é "não deixar zerar" os reservatórios do sistema Cantareira, a empresa acredita que o ritmo atual de chuvas e de retirada de água obrigará a implementação do racionamento nos próximos 50 dias FSP, 28/1, Painel, p.A4.
  
 

Geral

 
  Ao analisar fósseis de quatro cobras pré-históricas, cientistas descobriram que elas tinham entre 140 milhões e 167 milhões de anos. Isso mostra que o surgimento desses répteis aconteceu pelo menos 70 milhões de anos antes do que os registros anteriores indicavam. A pesquisa, publicada ontem na revista Nature Communications, muda completamente a perspectiva dos estudos sobre a origem e a evolução das cobras, segundo os autores. Até agora, só existiam provas de que elas haviam aparecido na Terra há cerca de 100 milhões de anos OESP, 28/1, Metrópole, p.A18.
  O custo adicional das usinas térmicas passará a ser pago por todos os consumidores brasileiros, e não mais apenas pelos clientes da região onde essas plantas estão localizadas. A proposta beneficia consumidores do Nordeste, que seriam prejudicados por concentrar um parque de termelétricas. Parte significativa dessa energia tem sido enviada a outras regiões. Na sexta-feira passada, o Nordeste gerou e transmitiu 2,5 mil megawatts médios para o Sudeste e o Centro-Oeste do País. A nova forma de rateio será aplicada já em janeiro. Em vez de custar R$ 25 no Nordeste e apenas R$ 3,60 no Sudeste e Centro-Oeste, o megawatt/hora terá um adicional de R$ 3,65 neste mês para todos os consumidores do País OESP, 28/1, Economia, p.B3.
  "Um esforço de quatro anos envolvendo 360 pesquisadores de universidades e centros de pesquisa brasileiros produziu o primeiro Relatório Nacional de Avaliação do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (RAN 1/PBMC). O relatório se parece muito em formato, conteúdo e método com o relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) e traça um quadro das mudanças climáticas em curso no Brasil e seus impactos. E indica nossas vulnerabilidades e as necessidades de adaptação e aponta caminhos para o Brasil contribuir para a mitigação através do crescimento de baixo carbono", artigo de Tasso Azevedo O Globo, 28/1, Opinião, p.19.
  
 

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