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domingo, 24 de junho de 2012

ONG questiona laudo sobre vazamento de óleo em Tramandaí

Sea Shepherd propõe um novo cálculo do produto que vazou no Litoral gaúcho em janeiro


ONG questiona laudo sobre vazamento de óleo em Tramandaí<br /><b>Crédito: </b> Robson Alves / Divulgação BM / CP Memória
ONG questiona laudo sobre vazamento de óleo em Tramandaí
Crédito: Robson Alves / Divulgação BM / CP Memória
ONG questiona laudo sobre vazamento de óleo em Tramandaí
Crédito: Robson Alves / Divulgação BM / CP Memória
Cinco meses após o vazamento de óleo no Litoral Norte gaúcho, a ONG Sea Shepherd entregou nesta sexta-feira ao Ministério Público Federal (MPF) um relatório técnico questionando a quantidade de produto derramado na praia de Tramandaí em janeiro deste ano. Em reunião realizada na Procuradoria da República no Rio Grande do Sul, a ONG propôs que fosse feito um novo cálculo do material despejado na área. “A posição oficial da Transpetro relata que foram derramados cerca de 1,2 mil litros de petróleo no referido acidente, porém tal informação gera certa desconfiança, uma vez que as imagens e as dimensões vistas não condizem com a realidade relatada pela empresa”, diz o documento da ONG.

A Sea Shepherd justifica o pedido. “Segundo diversas fontes, oficiais e não oficiais, o petróleo atingiu 3,5 quilômetros de praia, formando uma faixa de cerca de 10 metros de largura entre os municípios de Tramandaí e Imbé. Tendo como área total de praia com petróleo depositado cerca 35 mil metros quadrados, se dividirmos os 1,2 mil litros de petróleo pela área de praia afetada, teremos apenas 34 mililitros de petróleo por metro quadrado, o que representaria uma xícara pequena de café. É importante ressaltar que neste cálculo não está sendo levado em consideração o petróleo que não chegou à praia”, escreve a ONG no laudo.

Os apontamentos feitos pela Sea Shepherd serão utilizados para embasar a atuação do MPF no caso, que pretende entrar com uma ação civil pública contra a Petrobrás pedindo uma indenização pelos danos causados ao meio ambiente com o vazamento. Além do laudo da ONG, um estudo técnico próprio e outro do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) deverão complementar a ação. O Ibama, inclusive, já multou a Petrobrás em uma quantia que chega a R$ 1,7 milhão. Um inquérito criminal também está em andamento.

O vazamento de óleo ocorreu no dia 26 de janeiro deste ano quando um navio grego realizava o transbordo de petróleo para uma monoboia ligada ao Terminal Soares Dutra (TEDUT), em Tramandaí. O fato foi classificado como de dano ambiental moderado.

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FONTE : Correio do Povo, http://www.correiodopovo.com.br/Noticias/?Noticia=436182

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