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terça-feira, 28 de abril de 2015

Nova espécie de lagarto é descoberta em praia de Imbituba (SC)

28 de abril de 2015 

(Foto: Thobias Kunz/Divulgação/ND)
(Foto: Thobias Kunz/Divulgação/ND)
Uma nova espécie de lagarto foi descoberta nas praias de Imbituba, a 90 km de Florianópolis, no Sul do Estado. O Tropidurus imbituba, que foi descrito na revista científica Zootaxa, era confundido com outro lagarto, o Tropidurus torquatus, espécie que tem ampla área de ocorrência no Brasil, do Sul da Bahia até o Rio Grande do Sul. De acordo com o orientador da pesquisa de mestrado responsável pela descoberta e professor da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), Marcio Borges-Martins, a espécie de lagarto já conhecida está presente com maior frequência em ambientes de interior. Por isso, ao verificarem a possível presença dela no litoral, ficaram desconfiados de que poderia se tratar de uma nova espécie.
“Vimos os lagartos na praia de Imbituba. O nome do novo lagarto homenageia o município e achamos que o ambiente não era condizente para a espécie. Então, começamos a estudá-la e verificamos que se tratava de um animal ainda não descrito”, explica Martins. Para o pesquisador, a nova descoberta representa um passo importante para ampliar o conhecimento sobre a biodiversidade brasileira. “É um trabalho em conjunto, que depende de esforços coletivos, desde o interesse dos pesquisadores e das universidades até o financiamento de instituições de fomento à pesquisa”, ressalta.
Segundo Malu Nunes, diretora executiva da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, instituição que apoiou a pesquisa, esse tipo de resultado é fundamental. “Buscamos oferecer as ferramentas necessárias para que os projetos que apoiamos ou empreendemos possam promover a conservação efetiva das espécies e dos biomas brasileiros e permitir a melhoria das políticas públicas ambientais”, explica Malu, que completa: “A descrição de novas espécies é um dos caminhos para atingirmos esse objetivo, pois representa o ponto de partida para conhecermos melhor espécies que corriam o risco de desaparecer, sem jamais terem sido descritas”, comenta.

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