terça-feira, 18 de novembro de 2014




Resumo diário de notícias selecionadas
dos principais jornais, revistas, sites especializados e blogs,
além de informações e análises direto do ISA
 
 
HOJE:
Água, Amazônia, Áreas Protegidas, População, Povos Indígenas, Trabalho Escravo, Vale do Ribeira
Ano 14
18/11/2014

 

Direto do ISA

 
  Jovem aprendiz viaja do Ajarani para a aldeia Watorikɨ, na Terra Indígena Yanomami, para dar continuidade à sua formação com cinco experientes xamãs Blog do Rio Negro/ISA, 18/11.
  Primeiro encontro foi realizado em Barra do Turvo, de 7 a 9 de novembro Blog do Vale do Ribeira/ISA, 17/11.
  
 

Amazônia

 
  O desmatamento na Amazônia Legal chegou a 244 km² em outubro, aumento de 467% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando foram desmatados 43 km². O monitoramento, não oficial, foi feito pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), do Imazon. O Imazon também divulgou números sobre a degradação florestal - as áreas onde a floresta não foi inteiramente suprimida, mas foi intensamente explorada ou atingida por queimadas. Em outubro, as florestas degradadas na Amazônia Legal somaram 468 km². Em relação a outubro de 2013, houve um aumento de 1.070%, quando a degradação florestal somou 40 km² OESP, 18/11, Metrópole, p.A13.
  
 

Áreas Protegidas

 
  Uma em cada quatro unidades de conservação (UCs) não recebeu nenhum visitante em 2013. É o que indica pesquisa feita pelo Instituto Semeia, que ouviu gestores de 201 parques ou reservas, cerca de 10% do total de UCs no país. O resultado é alarmante, já que todas essas áreas são - ou deveriam ser - abertas ao público. Dentre os motivos para a ausência de público está a falta de estrutura. Os gestores ouvidos pela pesquisa são quase unânimes em concluir que a quantidade de recursos que recebem, seja do governo federal, estadual ou municipal, é insuficiente para manter as áreas. Não à toa, 66% dos parques não têm qualquer serviço de apoio ao uso público e 56% não têm plano de manejo, como mostra o estudo O Globo, 18/11, Sociedade, p.31.
 
A maior parte da população brasileira está consciente do papel das áreas protegidas na proteção da flora, da fauna e da preservação de rios e mananciais de água, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Ibope para a organização WWF-Brasil. Os dados foram divulgados ontem. As áreas protegidas incluem parques e unidades de conservação. De acordo com o estudo, 65% dos entrevistados acreditam que a preservação da fauna e da flora são benefícios trazidos pelas áreas protegidas. Para 55%, proteger o meio ambiente significa garantir a proteção de nascentes, represas e rios. Segundo o estudo, o meio ambiente é motivo de orgulho para 58% dos entrevistados, a diversidade cultural para 37% e o esporte nacional, para 30% OESP, 18/11, Metrópole, p.A13.
  
 

Água

 
  O governo do Estado de São Paulo pediu à presidente Dilma Rousseff que sete das oito obras para solucionar a falta de água na macrorregião de São Paulo e Campinas sejam incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Desse modo, poderíamos nos beneficiar do Regime Diferenciado de Contratação para acelerar a conclusão", disse o secretário do Planejamento, Júlio Semeghini, depois de reunião com as ministras do Planejamento, Miriam Belchior, e do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. A ministra Miriam Belchior prometeu que o governo federal tomará uma decisão, ao menos parcial, sobre a ajuda a São Paulo até a próxima semana OESP, 18/11, Metrópole, p.A12.
  O setor industrial utiliza 40% de toda a água disponível para abastecimento em rios, poços e reservatórios da Grande São Paulo e da Baixada Santista, mostram números oficiais do DAEE. Apesar do volume, a política de reúso é considerada insuficiente por especialistas. Segundo a Fiesp, os 42 projetos de conservação e reúso de água do setor na Grande São Paulo geram economia de 10 milhões de litros de água por ano -o equivalente a 1% da vazão do sistema Cantareira no mesmo período. O valor representa menos de 5% da demanda anual do segmento na mesma área FSP, 18/11, Cotidiano, p.C4.
  "O Brasil desmata encostas e nascentes, reduzindo a retenção de água e assoreando os rios. Desperdiçamos água na agricultura, na indústria, lavando calçadas e carros com água tratada e clorada. No Rio e em São Paulo, o desperdício supera 40% do total. A irrigação agrícola consome muitas vezes mais água que toda a população; os sistemas de gotejamento e reúso ainda são minoritários. Empresas de água e esgoto têm que passar por uma regulação externa, em que constem metas de redução do desperdício de água e do reúso do esgoto tratado como água para indústria. Os reservatórios cercados de florestas mantiveram níveis de água mais elevados do que os que desmataram o seu entorno", artigo de Carlos Minc O Globo, 18/11, Opinião, p.21.
  "A seca e as inovações tecnológicas ajudam a ampliar a cultura do reúso. Empresas, shoppings e pequenas indústrias instalaram estações para tratar o próprio esgoto e produzir água de reúso. O potencial é enorme: só se reutilizam 4% do esgoto tratado. O governo federal precisa isentar da Cofins e do PIS as empresas de saneamento. Isso as ajudaria em seus investimentos. A crise hídrica provocou avanços inimagináveis nos hábitos de consumo e na gestão da água, com uso de tecnologias que, de outra forma, teriam demorado a ser adotadas. No Rio de Janeiro virou lei: todos os condomínios novos, residenciais ou comerciais, são obrigados a ter sistemas de medição individual de consumo de água", artigo de Evaristo de Miranda OESP, 18/11, Espaço Aberto, p.A2.
  
 

Geral

 
  Um relatório lançado pelo Fundo das Nações Unidas para a População traça um retrato da atual juventude mundial, uma multidão de 1,8 bilhão de pessoas. O tamanho da população jovem não tem precedentes. As pessoas entre 10 e 24 anos correspondem a 25% dos seres humanos - um recorde histórico. E a tendência é de crescimento: em 2050, serão 2 bilhões. Noventa por cento estão nos países em desenvolvimento. Os jovens estão na lanterna entre os grupos contemplados por políticas públicas. Faltam investimentos em programas de qualidade de vida, educação e oportunidades de emprego. O resultado é a sua vulnerabilidade à violência, drogas, depressão e gravidez na adolescência O Globo, 18/11, Sociedade, p.29.
  Pelo menos 35,8 milhões de pessoas vivem em situação de escravidão no mundo, de acordo com o Index de Escravidão Global, da Walk Free Foundation, divulgado ontem. Cinco países - Índia, China, Paquistão, Usbequistão e Rússia - concentram 61% dos escravizados. Somente 10% deles são traficados para o exterior; a maioria é mantida em cativeiro dentro do próprio país. O Brasil aparece entre os 30 países com menor índice de escravidão por habitantes, mas está em 32o. lugar no ranking de 167 países em números absolutos, com mais de 150 mil pessoas vivendo em condição de escravos, atrás da África do Sul e da maioria dos vizinhos da América Latina, como Argentina, Chile, Colômbia, Peru, Venezuela OESP, 18/11, Internacional, p.A10.
  
 
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