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segunda-feira, 20 de julho de 2015



Resumo diário de notícias selecionadas
dos principais jornais, revistas, sites especializados e blogs,
além de informações e análises direto do ISA
 
 
HOJE:
Amazônia, Biodiversidade, Energia, Mudanças Climáticas, Povos Indígenas, Código Florestal, Seca, UCs
Ano 15
20/07/2015

 

Direto do ISA

 
  Compromissos foram assumidos por países como Estados Unidos, China e pela União Europeia na agenda climática em 2015. O Brasil, entretanto, ainda não apresentou sua contribuição oficial -Direto do ISA, 19/7.
  
 

Povos Indígenas

 
  Levantamento do Grupo de Trabalho Educação Indígena do Ministério Público Federal revela colégios para povos indígenas sem mínimas condições pedagógicas. Um terço dos 3.138 colégios indígenas no Brasil não conta sequer com prédio escolar, definido pelo governo federal como a estrutura de padrões mínimos para realização de atividades educacionais. Sem espaços físicos adequados, grande parte das escolas indígenas funciona na casa dos professores, em armazéns e embaixo de árvores. A fonte de água para quase metade dos estabelecimentos vem de rios, igarapés ou córregos. Luz elétrica pública só chega a pouco mais de 40% dos colégios, e apenas 49% trabalham com algum tipo de material didático específico da cultura indígena O Globo, 19/7, Sociedade, p.35.
  Feitas entre 2.000 e 8.000 anos atrás por indígenas pré-históricos, pinturas rupestres no interior do Paraná estão sendo depredadas por vândalos e excursionistas. Os desenhos, que retratam aves, cervos e figuras humanas, foram inscritos em formações rochosas, que ficam dentro de uma propriedade privada em Ponta Grossa. Sobre eles há letras e garranchos escritos com lascas de pedra, como uma pichação. No teto da caverna está uma camada preta e grossa de fuligem, resultado das fogueiras feitas por visitantes que vão caçar ou pescar. Eventualmente, são achadas garrafas vazias e lixo. Em 2013, a Prefeitura de Ponta Grossa deu o primeiro passo para o tombamento do sítio arqueológico. Desde então, porém, pouco foi feito FSP, 18/7, Cotidiano 1, p.B6.
  
 

Amazônia

 
  A partir de outubro, o País vai ganhar um novo "olho", muito mais potente do que o existente hoje, para vigiar o desmatamento da Amazônia. O governo vai contratar um radar orbital que produzirá, diariamente, imagens da região. Os dados poderão servir também para o combate ao garimpo ilegal, tráfico e ação de grileiros. A vigilância será mais intensa porque o radar conseguirá "ver" através das nuvens, o que não é possível atualmente. A quantidade de alertas sobre desmatamento ilegal cai drasticamente no período nublado. O radar orbital permitirá que a vigilância atinja uma área mais de três vezes maior do que a atual. Em vez de 280 mil km² vistoriados a cada 15 dias, serão 950 mil km² monitorados diariamente OESP, 19/7, Metrópole, p.A25.
 
"O arquipélago de Anavilhanas é grande demais. São mais de 400 ilhas por entre as quais o Rio Negro se esgueira duas centenas de quilômetros. Na cheia a maioria das ilhas fica submersa. Somente as árvores aflorando na superfície demarcam onde termina o rio e começa a ilha. Incontáveis navegadores se perderam nesse emaranhado de ilhas, lagos, paranás e igarapés. A Via Láctea fez jus ao nome. As estrelas maiores se sobressaíam, não sobre um fundo negro, mas sobre uma manta leitosa. Motor desligado, em plena escuridão ficamos ouvindo a floresta. A brisa entre os galhos, as rãs coaxando, galhos se quebrando, tudo iluminado pela Via Láctea. Cuidado, dormir com Anavilhana pode mudar a sua vida", artigo de Fernando Reinach OESP, 18/7, Metrópole, p.A20.
  
 

Biodiversidade

 
  Trata-se de uma das piores bioinvasões que o Rio já sofreu, e está colocando em xeque a diversidade marítima do estado. O nome popular do invasor é coral-sol, originário do Oceano Pacífico. Tubastrea tagusensis é a espécie mais amarela; a laranja é conhecida como Tubastrea coccinea. As duas, atuando em conjunto, são responsáveis pela dor de cabeça que biólogos marinhos sentem nos últimos anos. O contra-ataque mais efetivo, porém, surgiu ano passado. Um grupo de pesquisadores, liderado por profissionais da Uerj, vem estudando formas de combater o coral, que já se espalhou por 50% do litoral da Ilha Grande O Globo, 19/7, Rio, p.15.
  
 

Mudanças Climáticas

 
  O Papa Francisco segue com seu compromisso em colocar a sustentabilidade em pauta na agenda global. O Pontífice convidou 50 prefeitos de todo o mundo (incluindo Fernando Haddad, de São Paulo, e Eduardo Paes, do Rio) para participar de um seminário sobre o tema, nesta terça-feira e quarta-feira, no Vaticano. Intitulado "Escravidão moderna e mudanças climáticas: o compromisso das cidades", o evento mostra que a proteção do meio ambiente é uma das prioridades de Francisco. Lançada no dia 18 de junho, uma Encíclica inédita e vista como revolucionária já havia exigido mais ações dos líderes globais para enfrentar desafios como o aquecimento global e a reformulação do atual modelo econômico O Globo, 20/7, Sociedade, p.19.
  Crítico do discurso pautado pelo alarmismo, Ricardo Abramovay, professor do Departamento de Economia da USP, defende a divulgação de boas práticas ambientais para sensibilizar população, além de uma linguagem científica mais acessível. "O Antropoceno não significa o fim do mundo. Precisamos aumentar a cooperação das pessoas, mudar a relação com o mundo natural. Isso deve ser apoiado em revoluções tecnológicas. Precisamos de inovações sustentáveis, porque já é certo que as temperaturas globais aumentarão de 3 a 6 graus Celsius até o fim do século. O sistema produtivo precisa ser modificado", diz em entrevista O Globo, 20/7, Sociedade, p.19.
  "O convite para que sete prefeitos brasileiros da direção da Frente Nacional de Prefeitos participem nesta terça de seminário no Vaticano com outros 53 governantes locais de 29 países comprova o alinhamento do papa Francisco com o 'empoderamento' das administrações locais, especialmente diante da pouca eficácia dos governos em oferecer respostas efetivas e urgentes para questões globais, como as mudanças climáticas. É necessária a construção de acordos internacionais que contemplem diretrizes mais audaciosas e efetivas no enfrentamento às mudanças climáticas, que já têm se refletido em piora da qualidade de vida das pessoas, principalmente dos mais pobres", artigo de Marcio Lacerda, prefeito de Belo Horizonte FSP, 20/7, Tendências/Debates, p.A3.
  
 

Energia

 
  A hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, colocou 30 mil operários no canteiro de obras para recuperar atrasos e deve iniciar a geração de energia em novembro, disseram a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e a Norte Energia, responsável pela usina. Pelo cronograma original, a usina deveria ter começado a geração em fevereiro. "A quantidade de gente que está trabalhando lá é impressionante", disse o diretor da Aneel José Jurhosa. As primeiras máquinas a operar serão do Sítio Pimental, que soma 233 megawatts, enquanto a maior parte da usina, com 11 mil megawatts, deve começar a produzir apenas em 2016 FSP, 18/7, Mercado, p.A27.
  A Companhia Energética de Alagoas (Ceai), distribuidora controlada pela Eletrobras, entrou na semana passada com pedido no Superior Tribunal de Justiça de suspensão de liminar que isenta a hidrelétrica de Jirau por atrasos no cronograma da usina. Caso a medida seja acatada pelo tribunal, a Energia Sustentável do Brasil (ESBR), consórcio responsável pela hidrelétrica, arcará com perdas superiores a R$ 7 bilhões Valor Econômico, 20/7, Empresas, p.B5.
 
O Superior Tribunal de Justiça manteve nesta semana uma liminar favorável à Energia Sustentável do Brasil (ESBR), consórcio responsável pela construção e operação da usina hidrelétrica de Jirau, em construção no Rio Madeira (RO). A liminar livra a concessionária de pagar uma dívida bilionária, estimada pela própria empresa em até R$ 3,5 bilhões, com as distribuidoras de eletricidade, pelo atraso no fornecimento de energia OESP, 18/7, Economia, p.B14.
  A estatal chinesa State Grid venceu sexta-feira o leilão para construir e operar o segundo linhão de transmissão de energia da hidrelétrica de Belo Monte e revelou interesse em ativos de geração de energia no País. A empresa aceitou receber R$ 988 milhões por ano para construir e operar a concessão, em um deságio de 19% ante o teto estabelecido pelo governo para a disputa. Agora o interesse da State Grid se estende também para ativos de geração de energia. Atualmente, a chinesa tem apenas ativos de transmissão: a construção do linhão de Teles Pires em parceria com a Copel, atrasado em mais de nove meses, e o primeiro linhão de Belo Monte, num consórcio em parceria com a Eletrobras Valor Econômico, 20/7, Empresas, p.B3; ESP, 18/7, Economia, p.B14; FSP, 18/7, Mercado, p.A26.
  "Passado o trauma do acidente de Fukushima, motivado por um terremoto, fenômeno geológico tão comum no Japão e praticamente inexistente no Brasil, é hora de se retomar o programa nuclear com a instalação de usinas nas proximidades dos grandes centros consumidores, sendo que duas no Nordeste, como forma de diversificar a matriz energética a partir de fontes alternativas ambientalmente limpas, a exemplo da energia termonuclear. É sempre bom lembrar que 85% da geração de eletricidade no Brasil provêm de fontes hidráulicas, que geram cada vez menos energia em decorrência da redução do volume dos reservatórios por conta das prolongadas secas", artigo de Albano Franco O Globo, 18/7, Opinião, p.19.
  
 
Imagens Socioambientais

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