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Água
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Principal projeto para ampliar a oferta de água na Grande São Paulo, que enfrenta crise de abastecimento, o Sistema Produtor São Lourenço só deve ser concluído em 2018, dois anos após a previsão inicial. A obra contratada pela Sabesp vai trazer 4,7 mil litros de água por segundo da bacia do Rio Ribeira, o que representa 6,4% da capacidade máxima retirada do Sistema Cantareira: 73 mil litros por segundo. A captação será feita na Represa Cachoeira do França, formada pelo Rio Juquiá, entre Juquitiba e Ibiúna, no Vale do Ribeira, a 100 km da capital. A água será bombeada para vencer um desnível de 300 metros na Serra de Paranapiacaba e atenderá 1,5 milhão de moradores. Ontem, o Sistema Cantareira, que responde por 47% do suprimento hídrico da Região Metropolitana de São Paulo, estava com 21,4% da sua capacidade de armazenamento, o menor nível nos últimos dez anos - OESP, 4/2, Metrópole, p.A12. |
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Em meio à maior estiagem que se tem registro, moradores de cidades do interior paulista como Campinas, Piracicaba, Limeira e Rio Claro estão sob o risco de enfrentar um racionamento de água ainda neste mês. A mesma situação é vivida em São Carlos e Descalvado, na região de Ribeirão Preto. Em Campinas, a terceira maior cidade paulista, o racionamento é tido como "inevitável" por autoridades locais se não chover nos rios da região até o dia 20. "É uma situação equivalente à pior estiagem de todos os tempos, que foi em 1952, no inverno", confirma Francisco Lahoz, secretário-executivo do PCJ (consórcio das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí). "Só que em pleno verão". O volume do rio Piracicaba tinha ontem apenas 10% da média histórica para fevereiro - FSP, 4/2, Cotidiano, p.C4. |
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Belo Monte
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Medo do escuro
Um possível racionamento de energia, no entender de Dilma Rousseff, pode comprometer não apenas sua campanha à reeleição, mas também um eventual segundo mandato. Por isso, ela já admite enfrentar ambientalistas e construir uma represa na Amazônia que aumente a capacidade de Belo Monte em 60%. Em conversa com o ministro Edison Lobão, lembrou que o último governo que sofreu com apagão foi o de FHC. O episódio pesou na queda de sua popularidade e na derrota de seu candidato à sucessão, José Serra - Veja, 5/2, Holofote, p.41. |
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Clima
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Segundo as previsões do Instituto Nacional de Meteorologia, as temperaturas no Estado de São Paulo devem se manter elevadas. Na sexta-feira, os termômetros podem chegar aos 36oC, maior marca de 2014. O ano já tem a maior média de temperaturas máximas em 71 anos, ocorrida em janeiro: 31,9oC. Fevereiro também não deve ficar para trás: o primeiro dia do mês já atingiu marcas que superaram todas as temperaturas do mês passado. A onda de calor ocorre por causa de uma zona de alta pressão estacionada sobre o Estado há semanas. Segundo meteorologistas, a duração do fenômeno é incomum - FSP, 4/2, Cotidiano, p.C4. |
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A Coca-Cola sempre esteve mais focada no seu resultado econômico final do que no aquecimento do planeta, mas, quando a empresa perdeu um lucrativo alvará de operação na Índia por causa de uma grave escassez de água no país, em 2004, as coisas começaram a mudar. Após uma década de crescentes prejuízos no balanço da empresa, à medida que secas em nível mundial esgotam a água necessária para produzir o seu refrigerante, a Coca-Cola admite que a mudança climática é uma força economicamente perturbadora - FSP, 4/2, The New York Times, p.1 e 2. |
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Política Socioambiental
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O novo secretário do Ambiente do estado do Rio de Janeiro, Indio da Costa, assumiu a pasta ontem e anunciou o início do processo de licitação de obras de saneamento da região da Cidade Nova, no Centro do Rio. Com orçamento estimado em R$ 92 milhões e financiamento do BID, a construção de um tronco coletor de 4,5 quilômetros - que beneficiará moradores de seis bairros - será licitada nos próximos dias. "Vamos evitar que mil litros por segundo de esgoto cheguem à Baía de Guanabara", afirmou em entrevista coletiva - O Globo, 4/2, Rio, p.18. |
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Gestão de Carlos Minc divide ambientalistas
A gestão de Carlos Minc à frente da Secretaria do Ambiente do estado do Rio - denominação que ele mesmo deu à pasta, quando assumiu, há sete anos - divide as opiniões de ambientalistas. Cinco especialistas atribuíram uma nota de zero a dez às ações do ex-secretário. As notas variaram de 4 a 9,5, e o trabalho de Minc foi aprovado com ressalvas: nota média de 6,7. O principal avanço lembrado foi a criação do Instituto Estadual do Ambiente, juntando os antigos órgãos Feema, IEF e Serla. Na ponta negativa, os ambientalistas destacam que faltou transparência em importantes licenciamentos, como os do Complexo Petroquímico do Rio e Porto do Açu e houve morosidade nas ações de despoluição das lagoas da Barra e Jacarepaguá - O Globo, 4/2, Rio, p.18. |
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Carlos Minc volta à Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), reassumindo o mandato de deputado estadual, e diz que houve grandes avanços na política ambiental durante a sua gestão. "Destaco a agenda verde, das florestas, e a marrom, com avanços significativos na questão do lixo. O Rio chegou a ser o maior desmatador da Mata Atlântica, há dez anos. Hoje temos o menor percentual, segundo o Inpe e a SOS Mata Atlântica. Chegamos praticamente ao desmatamento zero e dobramos as áreas protegidas de 2008 a 2012. Criamos uma coordenadoria de combate a crimes ambientais, passamos a fiscalizar. E antecipamos o prazo e fechamos os lixões do entorno da Baía de Guanabara" - O Globo, 4/2, Rio, p.18. |
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